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sexta-feira, 8 de junho de 2007

Um pouco desta paulicéia


Sei que o objetivo do blog não é comentário sobre filmes, mais um filme que me chamou atenção e mostra “um pouco” desta nossa cidade, desta correria do dia a dia. Pode ser o filme: “Não Por Acaso”, ele faz a passagem da obsessão pelo controle para a descoberta da emoção. Subverte as exatas pela complexidade do comportamento humano. Foi essa intenção da história de “Não por Acaso”, sobre dois personagens cujas vidas se entrecruzam na cidade grande.

Ênio é um pacato engenheiro de trânsito em São Paulo. Com uma vida pessoal nem um pouco agitada, seus dias se resumem ao trabalho. Através de câmeras espalhadas por toda a cidade e com o auxílio de telefones e walkie-talkies, ele coordena o fluxo dos carros nesta grande metrópole. Também sem grandes ambições, Pedro herdou de seu pai uma artesanal fábrica de mesas de sinuca, onde trabalha com muita dedicação. Suas horas de lazer, ele divide entre a namorada Teresa, que acaba de se mudar para sua casa, e as jogadas matematicamente estudadas que ele cria para a sinuca, apenas por diversão.

Veja o trailer do Flime:

terça-feira, 1 de maio de 2007

Recuso o título de Palhaço...


Em homenagem ao dia 30/04 último dia para entregar a declaração anual de Imposto de Renda este não vai ser uma crônica somente paulstana mais sim um pouco de cada brasileiro passa.

A crise aeronáutica no Brasil veio para mostrar não um sistema defeituoso aeronáutico, mas sim a idéia que todos somos palhaços de um sistema.
Hoje com os altos salários do Brasil temos uma situação a qual todos têm acesso em suas viagens de férias utilizarem como transporte o avião. O transporte aéreo é caro e como todos os serviços oferecidos no país sobre de inúmeras deficiências.
Pare para pensar um pouco, temos somente a crise dos aeroportos? Mais logo ela estará resolvida pelo esquecimento como todas as outras crises que ainda temos! Quem nunca caiu ou tropeçou num buraco na calçada, quem nunca teve um avaria em seu carro provocado por má conservação de um via, ou mesmo que nunca pegou um ônibus cheio, com uma tarifa cara e além de tudo este estava atrasado? Nunca teve uma cobrança indevida, nunca pagou com juros exorbitantes e foi negado um financiamento/empréstimo? Problemas com a empresa telefônica e celular, cartão de crédito, gasolina batizada, além do imposto de renda.
Se parar para pensar nós não arrumamos os problemas mais aprendemos conviver com eles e ainda pagamos para ter-los. É revoltante pagar uma alíquota de 27% sobre tudo que ganha e ter que ao mesmo tempo ter um plano de saúde privado, seguro no automóvel, seguro de vida, casa financiada, pagar aposentadoria e ter a incerteza dela, trabalhar a vida inteira pagando taxas e impostos e não ver benefícios deles. Temos que pagar IPVA com um valor elevado e seguro obrigatório e para começar já não podemos circular de carro sete dias da semana, pois temos o rodízio que proíbe de circular na área que trabalhamos, aliais já temos o carro, pois não podemos contar com transporte público que além de caro é horrível. Que horas passa o ônibus lotado? E será que vai ter assalto nele? Quanto a assalto podemos pensar onde não tem? Certo de que, nem na delegacia estamos livres da situação já que a qualquer momento pode haver uma fuga em massa dela.

Se eu começasse a colocar os problemas com os quais aprendemos a conviver, daria um livro mais não é difícil esquece-las. Em um simples dia quente de outono passamos por elas nem vemos o quanto estamos acostumados.


Acordamos atrasados, pois fomos dormir tarde (o tempo nunca dá para nada), vamos ao banheiro se for o número 1 não apertamos a descarga, pois descargas demasiadas gastam mais água e a água esta cara quando tem se não tiver faltando na rua ( já se acostumamos), tomamos banho rápido se tiver água claro, não esquecemos da eletricidade que também é cara (esquecemos do apagão, alguém lembra? Sem falar na crise de recursos naturais), tomamos café da manhã pão e leite quando muito suco com frios ( olha o preço dos itens, nisto já gastamos uns 4 reais diários do pobre salário), fechamos portas e janelas pois não queremos que ninguém entre em casa ( cadê a segurança), entramos no caro ( se não for rodízio ou melhor se possuir um, ou se compensar ir de carro ao serviço) rezando para a gasolina dar para ir e voltar ( 2,50 o litro ela vale ouro). Nesta parte do carro é difícil pois são inúmeros fatores que temos que levar em conta se tiver um carro para ir ao serviço, vale a pena ir de carro? Estacionamento (muito carro deixar na rua quanto tem vaga tem também os guardadores de rua) trânsito (isto vale para ônibus também), avarias causadas por buracos, fora que podemos ter nosso carro roubado. Ser for de ônibus esquecemos o café da manhã, se não nos atrasamos, ponto cheio, ônibus se contradizendo com a teoria que dois corpos não ocupam o mesmo lugar, uma tarifa cara R$ 2,30, pelo que é oferecido, se tiver sorte você senta se não terá que ir em pé a viagem inteira com pertences a frente do corpo para não ser furtado.

Ufa! Chegamos a escravidão ops, trabalho 10 horas ou mais diárias, quando não tem horas extras nem sempre remuneradas, para fazer a função que é desempenhando e outras além do seu cargo (este é um tópico peculiar pois são tantos problemas que nem levamos em conta, vai de pessoa para pessoa).

Chegou a hora de ir embora, de tarde choveu houve alagamentos, e a cidade está parada além do normal de todos os dias. Mais uma vez os problemas se repetem como a ida para o trabalho só que agora gastamos o dobro do tempo te levamos para chegar ao trabalho.

Em casa olhamos a caixa do correio, oba tem imposto de renda para pagar! Além das contas normais e dos avisos de cobrança indevidos, e aquela multa de transito (que tem que pagar e não pode reclamar desta indústria se pelo menos o dinheiro melhorasse as vias e os transportes públicos), o telefone não esta funcionando (isto que somos obrigados a pagar a assinatura, fora as tarifas exorbitantes que parece que qualquer ligação passa pelo além antes de ser concluída) não pode ligar, terá que achar um telefone público que funcione. Hora de jantar arroz, feijão e uma mistura (item muito variado) quando tem vai carne se não o bom ovo resolve. Hora de ir a frente do computador ou papeis para dar dinheiro ao governo, quer dizer fazer o imposto de renda, (neste momento ficamos indignados pois olha o quanto ganhamos, e o quanto foi para o INSS, além de que 27 % vai pro leão), hora de transmitir a declaração, pau na internet, arrumado o problema junto com o telefone que não funcionava( a companhia telefônica me falou que foi culpa da chuva eu não posso alegar isto em meus problemas afim de resolver “olha atrasei esta conta, pois estava chovendo...”), pronto foi transmitida minha declaração anual de palhaço, claro sem a lentidão do sistema da receita federal não teria graça. Ufa terminei, agora é só tomar banho (viva o racionamento de água) e ir dormir (já são 1h e terei que acordar as 6:30 para começar tudo de novo) mais amanha será pior, dia que não tenho declaração mais tenho contas para pagar e banco cheio (eles cobram uma fortuna em taxa e ainda tem fila e faltam muitos funcionários) e assim vamos levando uma vida de palhaços.

Obs. Esqueci de mencionar muitos, são os fatores que atrapalham e atravancam nossa vida, que já estamos acostumados e eu nem acabei me lembrando. Esta vendo já estamos quase esquecendo os aeroportos!

ANEXO Receita Federal! leia para onde vai o dinheiro do seu imposto!

http://www.receita.fazenda.gov.br/EducaFiscal/textoiconedefaultasp.htm


domingo, 8 de abril de 2007

Um pouco da cidade grande

O que falar desta cidade? Não sei uma interpretação concreta dela. Cada pessoa que aqui passa tem a sua própria.

Acho que vou falar um pouco não somente da cidade ou fazer mais um retrato que tantas pessoas fazem desta cidade, mais tentar passar por palavras esta loucura que é São Paulo. Minha visão sempre se deparou com ela há vinte e três anos, sou nascido no bairro de santa cecília, na santa casa. Por isto acho que por viver grande parte da minha vida no centro e outra na periferia, acho que os cruzamentos por ruas e avenidas vão me permitir falar sobre esta cidade louca que nos persegue.

Temos primeiramente uma cidade que não dorme, temos feiras que começam às 21 horas no centro, temos mercados 24h, temos academias 24h na região da augusta, são tantas coisas que eu poderia citar que acontece de madrugada. Lembrando temos o museu do crime, museu do azulejo, são tantas coisas que falar sobre a cidade que não sei nem bem o que escrever.

A paulicéia desvairada é uma definição desta cidade que tem cidades dentro dela como Paraisópolis, onde podemos ter três estações do ano ao mesmo tempo em pontos diferentes dela, quem nunca saiu de uma chuva de verão e se deparou com aquele calor abafado de primavera, e passou por aquela zona de frio? Por exemplo, saindo de uma chuva no centro passando pelo Ibirapuera e chegando ao Morumbi. Temos três estações do ano.

Em São Paulo acontece de tudo, do melhor ao pior, nas épocas do ataques do Pcc a cidade que nunca para parou. Como no dia da virada cultural foram 24h de shows e eventos, alem do Skol beats são 36 horas de shows sem intervalo. Cinemas cuja suas seções começam a meia noite.

Como definir esta mega cidade em processo constante de conurbação urbana, que já se fundiu com diversas cidades ao redor como o ABC, já estamos chegando a campinas se já não chegamos. Uma pequena olhada no google earth e podemos ver como São Paulo é grande. Itu não deveria ter a fama de ter tudo grande deveria ser esta metrópole, pois temos os maiores congestionamentos, enchentes, avenidas, cruzamentos, poluições, população, desrespeito, prédios, conjuntos habitacionais, frota de veiculo. Tudo em São Paulo é grande.

São tamanhas coisas que nem sei o que escrever, mais acho que todos temos um pouco de idéia e interpretação própria o que é São Paulo.

Este texto está assim confuso, meio sem pé e cabeça, perdido, sem saber o que é o que, e não sabendo onde começa uma idéia e termina outra, exatamente para passar um pouco do espírito de São Paulo.