quinta-feira, 26 de abril de 2007

Recanto de um ser só


Tevê ligada no volume zero
telefone mudo enquanto eu espero
despertador pronto pra acordar
mesa posta sem ninguém pra jantar

Dias iguais, rotinas normais

E nessa rua
metralhadora de barulhos
eu vejo os meus sonhos
em caixas prontas pra embrulho

E nessa casa
recanto de um ser só
desfaço a inocência, reforço a paciência
ensaio um laço no antigo nó

(São Paulo, 31 de janeiro de 2007 - 23 dias sozinho na cidade).

14 comentários:

Anônimo disse...

Eduardo, meu companheiro...!

Como já te disse muitas vezes, não aguentaria fazer uma facul longe de São Paulo porque não aguentaria a solidão, a saudade de quem eu gosto.
Por isso eu te considero um guerreiro, você consegue fazer uma coisa que eu não conseguiria de jeito nenhum.

Tenho orgulho docê!!

Canta comigo: "... é a sua indifereeeeença que me mata...!

ABRAÇO!

Anônimo disse...

Sem palavras né, vc já sabe! Como vc disse, São Paulo incentiva a gente a pensar na vida, no que foi, na saudade e noque vai ser daqui pra frente.
Bjos,

Clara.

Alfredo Araújo disse...

ah, agora tb tem poema, rapaz...e bom poema. Só não consigo imaginar o Franca, sozinho, pondo triste a mesa sem ninguém pra jantar... com um avental todo sujo de ovo... o que que tinha pra janta?

Abraço.

Taj Mahal disse...

Não lembro, mas devia ter sido hamburguer ou salsicha...hehe!

Ju disse...

Ah é linda.... mas tão triste! Como disse nosso amigo Dedão, díficil construir nossa vidinha aqui né querido caipira???!!!
Bom saber que a gente sempre tem com quem contar!!!! Não é não????

"Solidão
De manhã
Poeira tomando assento
Rajada de vento
Som de assombração"

Só pra ilustrar... hehehe

Bjinho

Talita Souza Silveira disse...

É duro se sentir sozinho em uma cidade tão gande, cheia de gente...
Belo poema!!!
Na solidão de SP o que vcs fazem meninos? Vão ao bar...
Por isso não deixem de ler o "Você tem fome de que?" na semana especial de cachaça!!!
Beijos
ps: Adorei o blog de vcs...vou passar mais vezes (sem ser pra fazer propaganda...hehe)

Anônimo disse...

Francaaaa...vc é um herói nessa cidade! hahahah!

;**

Thiago Fagnani disse...

Bom trabalho Robin!!

Cíntia Luz disse...

É isso aí moço....uma odisséia na cidade grande, sempre grande, numerosa de pessoas, vazia de almas!
Um beijão,

Clarisse disse...

Agora ele escreve poemas!
E muito bem... só não consigo imagianr a solidão q vcs vivem nessa cidade superlotada, eu intendo, mas não imagino. Não faz parte da minha realidade.
Parabéns Frangaa
Bjaooo

Anônimo disse...

belo poema. Ilustra bem a solidao q d vez em qdo ventimos. Em Sao Paulo estamos cercados d gente e sós ao mesmo tempo...

Vivian disse...

oi franca,
entrei aqui no blog porque a sabrina me falou que tudo o que você escrevia era f... , é, agora vou poder comentar isso com a sá... virarei presença constante aqui, hein... nossa sala sabe fazer as coisas, o blog de vocês eu adorei.

RDS disse...

Eu não conhecia o lado mais poético do Franca apesar de curtir o texto.
Mandou muito bem, e nada de puxar saco, gostei mesmo. Acho engraçado como as pessoas se esquecem de determinadas formas de se expressar, muitos de nós começaram com poemas, acho que alguns devem continuar, vc é um deles.
Cidade fica sem alma quando a gente não compartilha com ninguém, coisas boas e ruins pra falar viram uma misturada só de cinza amarronzado jogado na memória e apertado contra o peito.
Abraço

Carlos Eduardo disse...

Como é fofo esse caipira!!